
Nos primeiros meses de vida de um filho, é comum que haja diminuição da atividade sexual feita pelos pais. Afinal, o cansaço trazido pelo bebê é maior do que a vontade de retomar a vida sexual, na maioria das vezes. A chegada de um filho afeta principalmente as mães, que levam de 3 a 4h por dia apenas amamentando, sem contar as outras tarefas domésticas como trocar fraldas e ajudar a criança a dormir.
Os pais também são afetados, mas menos. Esse fardo, infelizmente, é quase que exclusivamente feminino. A psicanálise inclusive indica casos extremos sobre a falta de retomada da vida sexual com a chegada de um filho.
O que são os casos extremos?
Quando a chegada de um bebê começa a prejudicar a saúde mental dos pais, é sinal de que devem procurar ajuda psicológica. Isso porque, para as mulheres, é possível transferir todo o afeto da relação para o filho. Para os homens, pode começar a surgir um sentimento de ciúme e perda, uma vez que, em suas mentes, a criança é a responsável pelo afastamento de sua amada.
Esses casos são raros, mas podem acontecer. Por isso é importante o casal estar alinhado com as expectativas e ter paciência um com o outro com relação a retomada das atividades sexuais, entendendo o tempo e espaço de cada um.
Mudanças no corpo
Além da paciência, é preciso considerar o pós parto. O corpo da mulher vai mudar após ser mãe, e o casal deve ter em mente que atividades sexuais não são recomendadas por até 45 dias após o parto, pois a vagina e o assoalho pélvico estarão sensíveis ainda. É preciso esperar um tempo para o corpo se recuperar.
Como resolver?
Com muita conversa e cuidado, é possível que haja uma retomada das relações sexuais mais frequentes após a chegada de um filho. Uma das indicações é que o casal converse e esteja disposto a ceder espaço, uma vez que o bebê irá requerer muito tempo dos pais. A mulher pode ficar travada ante a preocupação de se distrair e o bebê precisar dela, e o homem pode ficar com expectativas frustradas quanto a essa retomada.
O casal pode começar a estimular o assoalho pélvico com um massageador perineal para ter uma retomada do sexo mais saudável. É recomendado também uma ida ao ginecologista e fisioterapeuta para conversar sobre possíveis exercícios e conciliação de um calendário.